
TEMA: Santíssima Trindade
Só existe um Deus, mas n'Ele há três Pessoas divinas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo
Só existe um Deus, mas n'Ele há três Pessoas divinas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Não pode haver mais que um Deus, pois este é absoluto. Se houvesse dois deuses, um deles seria menor que o outro, e Deus não pode ser menor que outro, pois não seria Deus.
O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Deus se revelou como Pai, Filho e Espírito Santo. Foi Nosso Senhor Jesus Cristo quem nos revelou este mistério. Ele falou do Pai, do Espírito Santo e d'Ele mesmo como Deus. Logo, não é uma verdade inventada pela Igreja, mas revelada por Jesus. Não a podemos compreender, porque o Mistério de Deus não cabe em nossa cabeça, mas é a verdade revelada.
Introdução
O segredo divino mais importante da Fé que Jesus Cristo nos revelou é o MISTÉRIO DA SANTÍSSIMA TRINDADE. Jesus falou de seu Pai, que é Deus; do Espírito Santo, que também é Deus; e afirmou que ELE E O PAI SÃO UMA MESMA COISA (João 10,30), porque é o Filho de Deus. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são um único Deus –não três deuses – porque tem a mesma natureza divina, ainda que sendo três Pessoas realmente distintas.
Que Deus é UM em essência e TRINO em pessoas é a revelação de sua vida íntima, maior e mais profundo de todos os mistérios; além de ser o mistério fundamental de nossa fé e de nossa vida cristã. Temos de procurar conhece-Lo e vive-Lo! O Credo, ou Símbolo é a explicação do mistério trinitário: o que Deus é e o que fez por suas criaturas ao cria-las, ao redimi-las e ao santifica-las.
Ideias principais
A Trindade, mistério de um só Deus e três Pessoas realmente distintas.
Nunca poderemos compreender os MISTÉRIOS, porque nós somos limitados e eles nos superam; sem dúvida, temos de tentar conhece-los cada vez melhor, para que nossa fé seja firme e operativa.
O Mistério da Santíssima Trindade consiste em que, em Deus há uma ÚNICA ESSÊNCIA e TRES PESSOAS DISTINTAS: Pai, Filho e Espírito Santo, cada uma das quais é Deus, sem ser três deuses, mas um único e só Deus.
Podemos comparar este Mistério com o sol: o sol está no céu e produz luz e calor; a luz e o calor não são distintos do sol. A Trindade é algo parecido: o Filho e o Espírito Santo são iguais em natureza ao Pai, mas são um só Deus. O Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Três pessoas e um único Deus.
A salvação, obra da Trindade
Todas as coisas criadas foram feitas por Deus, Uno e Trino. Deus criou o mundo, ainda que a criação seja atribuída ao Pai; Deus realizou a Redenção, ainda que só a segunda Pessoa – O Filho – se fez homem e morreu na cruz; Deus nos santifica, ainda que a santificação seja atribuída ao Espírito Santo. Assim, pois, quando agradecemos a Deus tudo o que fez por nós e em nós, temos de agradecer a Deus Pai, a Deus Filho e a Deus Espírito Santo.
Inabitação da Trindade na alma em estado de graça
Ainda que não seja fácil de explicar, é esta uma verdade que nos enche de alegria o saber que o homem que vive em estado de graça (sem pecado mortal) é TEMPLO VIVO DA SANTÍSSIMA TRINDADE BEATÍSSIMA (João 14,23). Desde o dia de nosso Baptismo, se não recusamos a Deus através do pecado mortal, vive em nossa alma Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
Temos a Deus dentro de nós para nos santificar, para nos ajudar, para estar connosco, porque nos ama. Podemos falar com a Trindade Beatíssima, sabendo que nos escuta e atende nossas súplicas. Sabemos disto pela Fé e, ainda que não O vejamos, nem O sintamos, é esta a verdade. Quando estamos na Graça de Deus, SOMOS TEMPLO DE DEUS!
No céu, “veremos” a Santíssima Trindade
Aqui na terra sabemos que Deus está em nossa alma em estado de graça e que a vida cristã é uma luta constante para evitar o pecado. Se formos fiéis e nos esforçamos por amar a Deus cada vez mais, Ele nos concederá a maior coisa que poderíamos desejar: vê-Lo face a face, tal como Ele é. O grande premio do céu consiste em ver a Deus: contemplar, louvar, amar e gozar por toda a eternidade da Trindade Beatíssima. Toda a grandeza, toda a beleza, toda a bondade de Deus se volta sobre estas pobres criaturas que somos cada um de nós.
No monte Sinai, Moisés pediu para ver o rosto de Deus, e o Senhor lhe respondeu que nenhum homem pode vê-Lo sem morrer. Não obstante, no céu, a alma terá a possibilidade de VER o que Moisés quis ver na terra: a majestade de Deus.
Temos de louvar a Santíssima Trindade
Pela fé, damo-nos conta de que ser cristãos é algo maravilhoso. Deus nos ama de uma maneira incrível: nos criou por amor, nos remiu de nossos pecados morrendo por nós, vive em nossa alma em estado de graça e nos preparou – se somos fiéis – um céu eterno. Nos deixou a Igreja e os Sacramentos para que possamos facilmente saber o que temos de fazer e viver sempre como bons cristãos, sendo cada vez mais santos. Temos de corresponder a tanto amor, e a vida cristã precisa ser um constante louvor à Trindade Santa.
Professamos nossa fé na Santíssima Trindade quando fazemos o sinal da cruz ou quando nos persignamos dizendo: “EM NOME DO PAI + E DO FILHO+ E DO ESPÍRITO + SANTO”; quando rezamos o GLÓRIA ou o CREDO na Santa Missa, e ao final da Oração Eucarística. Temos de procurar rezar estas orações e louvores à Trindade com fé viva e consciente, de modo que toda a nossa vida seja um constante louvor a Deus Pai, Deus Filho e Deus espírito Santo.
O mistério da Santíssima Trindade é uma das maiores revelações feita por Nosso Senhor Jesus Cristo. Os judeus adoram a unicidade de Deus e desconhecem a pluralidade de pessoas e a sua unidade substancial. Os demais povos adoram a multiplicidade de deuses. O cristianismo é a única religião que, por revelação de Jesus, prega ser Deus uno em três pessoas distintas:
DEUS PAI – Não foi criado e nem gerado. É o “princípio e o fim, princípio sem princípio”; por si só, é Princípio de Vida, de quem tudo procede; possui absoluta comunhão com o Filho e com o Espírito Santo. Atribui-se ao Pai a Criação do mundo.
DEUS FILHO – Procede eternamente do Pai, por quem foi gerado, não criado. Gerado pelo Pai porque assumiu no tempo Sua natureza humana, para nossa Salvação. É Ele Eterno e consubstancial ao Pai (da mesma natureza e substância). Atribui-se ao Filho a Redenção do Mundo.
DEUS ESPÍRITO SANTO – Procede do Pai e do Filho; é como uma expiração, sopro de amor consubstancial entre o Pai e o Filho; pode-se dizer que Deus em sua vida íntima é amor, que se personaliza no Espírito Santo. Manifestou-se primeiramente no Baptismo e na Transfiguração de Jesus; depois no dia de Pentecostes sobre os discípulos. Habita nos corações dos fiéis com o dom da caridade. Atribui-se ao Espírito Santo a Santificação do mundo.
O que fazemos hoje?
Hoje, muitos de nós nos identificamos como seguidores de Jesus, mas nos entregamos às coisas do mundo. Este mundo capitalista, cruel, selvagem, que imprime em nossos corações uma ideologia na contramão do modelo de vida de Jesus. Este mundo individualista e consumista impregnado pela filosofia do “Ter” – modelo contrário do pensamento de Cristo – “Ser”. Não nos é possível dizer que somos seguidores e cremos em Jesus se acreditamos mais nas coisas do mundo do que nas de Deus. Que nos resta então? Abrir-nos à salvação ou a condenação?
Deus é o amor que salva e comunica a vida plena. Sim: Amor que salva. Resta-nos, então, fazermos uma opção. Demos glórias a Deus por Ele respeitar nossa liberdade. Bendito seja o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Missão do espírito santo
O Espírito Santo – que é Deus com o Pai e o Filho – é o santificador, o vivificador, dom do Pai, distribuidor dos dons e frutos divinos. É verdade, vida, amor, unidade e liberdade. É o selo, a aliança que dá existência à Igreja, é o proclamador da realeza do Senhor, a realização da promessa do Pai e de Jesus. Ele guia a Igreja para que ela possa ser sinal de salvação.
Deus é família
Deus é uma Família de três Pessoas em perfeita comunhão no Amor. Quando dizemos “Deus” estamos a dizer um apelido, o nome de uma Família! Deus não é um “sujeito isolado”, como um “divino solteirão” votado à solidão de si próprio. Deus é Família de três Pessoas perfeitas no Amor. Dito por outras palavras: Deus é Santíssima Trindade!
Ser pessoa significa ser uma interioridade espiritual única, original, irrepetível, livre, responsável, capaz de amar e que se realiza na comunhão com outras pessoas.
As três pessoas num só Deus
Na “primeira” Pessoa da Santíssima Trindade, o Amor Divino realiza-se como Dom total de si próprio, Graça eterna e perfeita. Por isso lhe chamamos “Pai”, para exprimir esta entrega amorosa de si próprio que gera o outro como Filho. Sim, a “primeira” Pessoa da Família Divina não é Pai por ter procriado a “segunda” ou por ser mais velho que ela! O Filho Eterno de Deus-Pai é “gerado” pelo Pai, não “criado”. A geração filial é uma relação amorosa, não a consequência de um encontro sexual. O casal que adopta uma criança não a “procriou” como filha, mas o amor paternal-maternal que lhe dedica “gera-a” como filha. Ser gerado como filho significa ser amado como filho.
Na “segunda” Pessoa da Santíssima Trindade, o Amor Divino realiza-se com este jeito filial de acolhimento do Amor-Dom do Pai. O Amor Filial Divino tem rosto de Gratidão, como o Amor Paternal Divino tem rosto de Graça. Por isso, esta “segunda” Pessoa da Família Deus é chamada “Filho”. Jesus de Nazaré é a Revelação e Realização em densidade humana deste Amor Filial Divino, que nele se tornou humano-divino pelo mistério de comunhão animado pelo Espírito Santo. Por isso se chama o “Cristo”.
Esse é, de facto, o eterno jeito de ser e amar do Espírito Santo: inspirar e animar comunhão.
Na “terceira” Pessoa da Santíssima Trindade, o Amor Divino realiza-se como vínculo familiar e ternura maternal divina pela qual o Pai e o Filho são Um na Unidade do Amor. A Unidade do Amor é a perfeição da comunhão em que cada um é ele próprio sendo totalmente com o outro e para o outro. A unidade do Amor animada pelo Espírito não tem nada de parecido com fusão.
A Unidade Divina é a unidade de uma Comunhão perfeita. Unidade porque ausente de divisões! A Unidade de Deus não significa a unicidade de um sujeito divino. Quando os judeus proclamavam e proclamam todos os dias a oração ritual “Shêmá Israel”, referem-se à Unidade Divina como unicidade: “Escuta, Israel! Iahvé é nosso Deus; o Iahvé é Um!” (Dt 6, 4).
Mas a grande revelaçao de Deus em Cristo é a novidade de conhecermos o seu Rosto Comunitário: o Filho revela o Pai e torna-se princípio de difusão do Espírito Santo para toda a Humanidade. Deus é Um na Unidade de uma Comunhão perfeita, não na unicidade de um sujeito. Deus não é uni-Pessoal, mas uni-Comunhão!
Conclusão
O Espírito Santo é nesta Comunhão que nós aprendemos a chamar “Deus” o ponto de encontro eterno entre o Pai e o Filho, o Amor Divino com jeito de abraço e inspiração de reciprocidade. É uma Pessoa Divina, como o Pai e o Filho, uma interioridade espiritual eterna e perfeita, única, original, irrepetível, livre, capaz de amar e que se realiza na comunhão com outras Pessoas. Não é uma “pombinha”, nem um vento, nem uma “coisa” sagrada que se tenha e se dê! A má compreensão dos símbolos bíblicos para dizer a acção do Espírito de Deus fez com que se “dosificasse” a Sua existência.
Ao participarmos da Santa Missa observamos que, desde o início, quando nos benzemos, até o momento da bênção trinitária final, constantemente o sacerdote invoca a Santíssima Trindade, particularmente durante a pregação eucarística. As orações que o padre pronuncia após a consagração, que por certo são dignas de serem ouvidas com atenção e recolhimento, são dirigidas a Deus Pai, por mediação de Jesus Cristo, em unidade com o Espírito Santo. E é na missa onde o cristão logra vislumbrar, pela graça do Espírito Santo, o mistério da Santíssima Trindade. Devemos, neste momento, invocar a Deus Trino, que aumente nossa fé, porque sem ela, será impossível crer neste mistério, mistério de fé no sentido estrito. Mesmo sem conseguir penetrar na sua essência o cristão deverá, simplesmente, crer nele.
TPC
1. O que é Santíssima Trindade?
2. Quantas Pessoas estão presentes na Santíssima Trindade?
3. Qual é a missão do Espírito Santo?
4. O que nos a diz a 2ª. Leitura da Santíssima Trindade?
Resumir em quatro (4) linhas a liturgia
Sem comentários:
Enviar um comentário